Daí eu tava nessa correria, tropecei, caí, levantei, sacudi a poeira e dei a volta pela sala, procurando bugigangas que vou guardando na alma, enquanto falava com as paredes, reiterando o mantra: essa não sou eu, essa não sou eu...
Não sou a pessoa que encontro a cada manhã, o olhar enevoado, a rotina desprovida daqueles gracejos usuais, provocados pela vontade de pensá-la colorida; a rotina lírica, atrevida...
Meus erros me fortalecem, mas também me levam ao mesmo, ao mesmo e ao mesmo... E lá no mais profundo de mim, necessito de gritos, tambores alucinados, noites a sós com as promessas de realização sendo cumpridas...
Há uma de mim que vive meu fora, e ela é cética, prática, medrosa... Há outra de mim que vive meu dentro, e ela não é, porque se transforma constantemente, com a mesma euforia dos sentimentos... Elas se sentam, lado a lado, parecem irmãs, mas brigam pela minha alma... E é justamente essa uma de mim, a que nasce dessa disputa, que busco reconquistar, porque ela tem 104 tipos de gargalhadas, esperança no coração, música na alma e poesia nas veias...
Mas sabe, ainda existem pessoas sensíveis nas ruas e, às vezes, encontro alguma que me faz re-experimentar o passado e o trampolim para o futuro; desvendar delícias no presente...
A miscelânea de sensações me faz doer o estômago, ao mesmo tempo em que me acalma: ainda tenho jeito...
Todos temos...
E você me pergunta: e daí essa baboseira aí de cima?
E eu te respondo: porque quem sabe você não é uma dessas pessoas que existem pelas ruas que adoram viver, experimentar, aproveitar o presente???
E digo mais: se for, meu amigo Charlie Brown, arrume a sua trouxinha e venha ouvir o Nilo na sexta-feira e Diadorim no sábado...
Quanto ao resto, que a terapia resolva na segunda, “auraite”???
So...Let’s dance!!!
Ahhhhhh...sempre bom lembrar...para reservas é só ligar 3234-1511 e já estamos aceitando Visa!!! (salve, salve)
